Biotecnologia e Desenvolvimento Sustentável

Poluição, desmatamento, mudanças climáticas, geração de resíduos… São diversos os problemas ambientais ocasionados pelo crescimento econômico e pela ação antrópica. As alterações na natureza causadas pelo homem impactam negativamente a biodiversidade e a vida animal, vegetal e microbiológica. Esse desequilíbrio ambiental  também afeta direta ou indiretamente a saúde humana, a segurança alimentar. Sendo assim, estudos ambientais comprovam que esse modo de vida da humanidade, de se desenvolver degradando o meio ambiente era insustentável e autodestrutivo.  Surge então, a necessidade urgente de um sistema de desenvolvimento sustentável, que garanta o progresso e a preservação ambiental, bem como a proteção dos recursos para as gerações futuras. Mas, como a Biotecnologia contribui para esse desenvolvimento sustentável?

A biotecnologia ambiental orienta a gestão do meio ambiente, bem como, através das suas inovações, possibilita a criação de técnicas e produtos para enfrentar e remediar a degradação do ecossistema. Dentre as quais, podemos citar: a produção de biopolímeros e biocombustíveis; a biorremediação; além, é claro, dos organismos geneticamente modificados. Desse modo, realiza o monitoramento, preservação e restauração do meio, além de contribuir para a manipulação responsável dos recursos naturais. 

Biopolímeros

São conhecidos como polímeros naturais e biodegradáveis, obtidos através de processos fermentativos de microrganismos ou matérias primas de fontes renováveis, por exemplo, milho, cana-de-açúcar, quitina, fécula de mandioca e outros. A principal vantagem da utilização desse material é a possibilidade de substituir polímeros à base de petróleo, que podem levar centenas de anos para se degradar.

Biocombustíveis 

É um tipo de combustível de origem biológica ou natural, obtido da queima da biomassa ou de derivados como o etanol, o biodiesel, o biogás, o óleo vegetal e outros. Geralmente, a biomassa é proveniente de plantas oleaginosas, como a cana-de-açúcar, mamona, soja, milho e palma. É vantajoso, pois sua queima apresenta menor índice de poluição, além de ser cultivável e renovável; e, consequentemente, ter forte fator econômico.

Biorremediação

É definida como sendo o uso de agentes biológicos para reduzir o impacto de áreas contaminadas por produtos químicos, a partir de processos que degradam, transformam e/ou removem contaminantes de uma matriz ambiental, como água ou solo. Essa técnica utiliza bactérias, fungos e plantas, onde seus processos metabólicos são capazes de utilizar estes contaminantes como fonte de carbono e energia, reciclando a maior parte dos compostos encontrados na biosfera.

OGMs

Os Organismos Geneticamente Modificados ou Transgênicos reduzem o impacto antrópico sobre o meio ambiente. No que se refere às plantas transgênicas disponíveis no mercado, há necessidade reduzida de aplicação de defensivos agrícolas para combater patógenos e de água nas plantações, além do uso de combustíveis nas máquinas usadas para aplicar os agrodefensivos. A engenharia genética torna algumas lavouras mais produtivas e, desta forma, contribui para reduzir a exigência de plantio em novas áreas, impedindo assim, o desmatamento. 

A adoção de uma política de desenvolvimento que respeite os limites naturais e a preservação do meio é algo que vem crescendo em função do volume de pesquisas realizadas acerca dos impactos ambientais antropogênicos, bem como da conscientização popular. A biotecnologia ambiental tem se destacado nesse sentido, promovendo, através de técnicas e produtos, a viabilidade do desenvolvimento sustentável. No entanto, essa mudança de valores, comportamentos e atitudes frente à realidade ambiental é um esforço conjunto que abrange, não somente a sociedade e as instituições de pesquisa, mas também os órgãos governamentais e, sobretudo, as empresas, uma vez que são as principais responsáveis pela exploração dos recursos naturais. Dessa maneira, é uma missão de todos contribuir para a preservação ambiental e garantir a manutenção do equilíbrio ecológico, assim como uma qualidade de vida satisfatória para a atual e as futuras gerações. 

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REFERÊNCIAS

Schenberg, Ana Clara Guerrini. “Biotecnologia E Desenvolvimento Sustentável.” Estudos Avançados 24.70 (2010): 07-17. Web. Disponível em:

https://rnp-primo.hosted.exlibrisgroup.com/permalink/f/vsvpiv/TN_cdi_doaj_primary_oai_doaj_org_article_b91e3dbdff544e7d9572d74d750e2217. Acesso em 21 maio. 2022.

DINIZ, T. de O.; LIMA, M. X. de . Biotecnologia ambiental como ferramenta de gestão ambiental – Breve revisão. Scientific Electronic Archives, [S. l.], v. 14, n. 9, 2021. DOI: 10.36560/14920211364. Disponível em: https://sea.ufr.edu.br/SEA/article/view/1364. Acesso em: 22 maio. 2022

Disponível em: https://www.infoescola.com/bioquimica/biopolimero/. Acesso em 22 maio. 2022

PENA, Rodolfo F. Alves. “Biocombustíveis”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/biocombustiveis.htm. Acesso em 22 maio. 2022

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FERREIRA, Fabrício Alves. “Biorremediação”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/biorremediacao.htm. Acesso em 22. maio 2022.

Disponível em: https://www.unifesp.br/campus/san7/ppgbb-linhas-de-pesquisa/579-ppgbb-biorremediacao#:~:text=A%20biorremediação%20é%20definida%20como,ambiental%2C%20como%20água%20ou%20solo. Acesso em 22 maio. 2022

Disponível em: https://www.embrapa.br/tema-transgenicos/sobre-o-tema. Acesso em 22 maio. 2022

Créditos: Escrito por Stella Macedo e Eric Mendes, revisado por João Gabriel, e com artes de Levi Araújo e Levi de Brito.

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