Carreira em Bioinformática: tecnologias, ferramentas e oportunidades

Como o nome já explica de certa maneira suscinta, a bioinformática, ou biocomputação, é uma mistura entre os conceitos da biologia e da informática. Nesse ramo, temos o auxílio de todo o poder computacional e matemático em prol da análise, comparação e entendimento do fluxo de dados que o mundo biológico pode nos oferecer ao ser observado. 

     A capacidade da bioinformática é vasta. Na biotecnologia, por exemplo, ela pode nos ajudar a analisar imensas sequências de DNA para realizar determinados trabalhos de engenharia genética ou proteômica. Esse trabalho seria extremamente oneroso em termos de esforço e de tempo caso fosse feito à mão, mesmo que fosse realizado por um grupo numeroso de pesquisadores. Nos dias atuais, a título de exemplo, uma decodificação genética que antes duraria meses pode ser feita em poucos minutos por um computador adequado para essa tarefa. Em sua essência, essa área da ciência conta com tecnologias de ponta em processamento, que aplicam algoritmos de diversas características para administrar informações e prevalecer na busca de um objetivo em específico. Para ficar mais claro, imagine que algoritmos são como uma receita de bolo: você recebe uma informação e uma instrução, aplica a sequência lógica dessas instruções e atinge o seu objetivo, que é ter o bolo pronto. Portanto, as tecnologias atuais da bioinformática e seus algoritmos se apoiam em objetivos como analisar sequências gênicas e estruturas proteicas, elucidar perfis de expressão gênica e como elas afetam o indivíduo, modelar estruturas complexas de cadeias de aminoácidos, etc. 

      Levando em consideração tais aspectos, é de extrema importância que um especialista nessa área tenha noção de quais ferramentas viabilizadas por essa tecnologia estão ao seu dispor para cada propósito que busca, visto que cada uma pode cumprir funções específicas diferentes. Quando falamos de ferramentas de bioinformática, sem dúvidas, uma das mais faladas é o BLAST, uma sigla para a frase em inglês “Basic Local Alignment Search Tool”. Em português, significa Ferramenta básica de pesquisa de alinhamento local. Basicamente, o BLAST é imenso banco de dados que realiza 4 tipos de análise: alinhamentos entre sequências de nucleotídeos e de proteínas, alinhamentos entre sequências de aminoácidos e de proteínas, alinhamentos entre sequência de nucleotídeos e alinhamento entre sequências de proteínas. Sem dúvidas, ela é uma das mais reconhecidas no campo da bioinformática, pois o seu uso não é complicado para iniciantes e realiza sua função de maneira eficiente. Não apenas o BLAST, mas dezenas outras ferramentas ajudam o dia-a-dia nessa carreira, como o Gegenees, Seqtools, Bioedit, etc. 

     Quando se decide ser um bioinformata, é interessante saber exatamente em qual área você atuará, afinal de contas ela possui aplicação em diversos campos, inclusive dentro das 4 grandes áreas da biotecnologia: industrial, ambiental, agropecuária e saúde. Dentre elas, a saúde demonstra maior interesse no especialista por meio de sua indústria farmacêutica. Outra oportunidade se encontra no magistério, como professores de universidades e outros centros de ensino. Além disso, constantemente, o interesse por esse profissional é demonstrado em plataformas de negócios como o Linkedin por startups, laboratórios de pesquisa e empresas do ramo. Para um qualificado no âmbito em questão, é geralmente solicitado que ele tenha excelente domínio em linguagens de programação específicas ao cargo e vasto domínio sobre tópicos englobados pela biologia molecular. 

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Escrito por Davi Eduardo Menezes Soares, revisado por Hector Castro Girão e com artes de Nicole Sousa.

REFERÊNCIAS

VERLI, Hugo. Bioinformática: da biologia à flexibilidade molecular. 2014.

DE ARAÚJO, Nilberto Dias et al. A era da bioinformática: seu potencial e suas implicações para as ciências da saúde. Estudos de biologia, v. 30, n. 70/72, 2008.

LUSCOMBE, Nicholas M.; GREENBAUM, Dov; GERSTEIN, Mark. What is bioinformatics? An introduction and overview. Yearbook of medical informatics, v. 10, n. 01, p. 83-100, 2001.

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