De acordo com a ONU, Biotecnologia significa qualquer aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização específica (ONU, Convenção de Biodiversidade 1992, Art. 2).
Visto isso, uma das principais e respeitadas instituições de ensino do Brasil, a Universidade de São Paulo (USP), percebeu a importância que a área de Biotecnologia tem para o desenvolvimento do país e decidiu criar um curso que formasse novos biotecnologistas para atender ao mercado de trabalho, colaborando para o atendimento da Política Nacional de Desenvolvimento da Biotecnologia.
O Bacharelado em Biotecnologia foi aprovado pelo Conselho Universitário em julho de 2017 e, no ano de 2018, ofereceu 60 vagas no período diurno, sendo 18 para estudantes que participaram do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e 42 para os que fizeram o vestibular Fuvest.

A primeira turma de Biotecnologia, formada por 60 estudantes, participou da aula inaugural do curso – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens
O curso visa à formação de um profissional multidisciplinar que pode atuar nas diversas áreas de pesquisa e em empresas de biotecnologia. Com habilidades científicas e de empreendedorismo, pode trabalhar na produção de vacinas, fármacos, anticorpos e biocombustíveis. Além disso, o biotecnologista tem a oportunidade de trabalhar com agropecuária, desenvolvendo plantas mais resistentes a pragas ou doenças, e melhorando geneticamente rebanhos. Na parte ambiental, pode desenvolver métodos para detectar poluentes na água ou no solo e tratar áreas contaminadas.
Esta atitude da USP é de extrema importância para a biotecnologia brasileira, visto que abrirá portas para a formação e reconhecimento de profissionais biotecnologistas. E a LiNA biotec não ficará por fora disto, pois já percebeu o potencial deste novo curso e está estabelecendo contato, para que estes graduandos possam participar da unificação dos biotecnologistas promovida pela Liga.